terça-feira, 30 de maio de 2017

LETARGIA, CATALEPSIA, MORTE APARENTE

LETARGIA, CATALEPSIA, MORTE APARENTE

A respeito desses temas e compulsando os tradicionais e expressivos dicionários de nobres irmãos dicionaristas, encontramos as seguintes definições:

Letargia, estado patológico observado em diversas afecções do sistema nervoso central, como encefalites, tumores, etc., caracterizado por um sono profundo e duradouro do qual só com dificuldade, temporariamente, pode o paciente despertar. Diz ainda: É um estado de insensibilidade característico do transe mediúnico.

Catalepsia, estado em que se observa uma rigidez dos músculos, de modo que o paciente permanece na posição em que é colocado.

Por outro lado, o Dicionário de Filosofia Espírita, de L. Palhano Jr., citado pelo não menos expressivo, Amílcar Del Chiaro Filho(*), diz o seguinte: Letargia é o estado anômalo de sonolência profunda do qual é difícil sair, como aquele que se provoca pela hipnose. Palhano coloca um parecer espírita e diz “...transe global em todos os centros sensoriais e motores do sistema nervoso central, no qual o paciente, lúcido ou não, não consegue se manifestar nem sentir nenhum estímulo exterior como se o corpo estivesse morto, numa morte apenas aparente”. Catalepsia, perda momentânea e às vezes espontânea da sensibilidade e da capacidade de contrair voluntariamente os músculos de uma determinada parte do corpo. Manifesta-se por rigidez do corpo ou parte do corpo. Pode ser por causa hipnótica, mediúnica, histérica ou esquizofrênica. (Tirando Dúvidas II. Amílcar Del Chiaro Filho. Ed. M.M. pag.23. SP. 2004).


Um dos livros básicos da Doutrina Espírita (*) nos traz relato de que o cadáver é insensível e o que leva sensibilidade é justamente o fluido perispiritual, desde que exista qualquer resquício de vida no corpo. Quando o corpo físico mais denso sofre uma lesão ou é acometido de uma enfermidade, dispara a sensibilidade (a dor) identicamente a um choque elétrico que conhecemos. Tal proceder é o influxo nervoso ensinado pela Fisiologia. Essa interrupção dolorosa pode ocorrer, além da “morte do corpo físico”, pela amputação de membro ou pela ruptura de nervo, quando então, não haverá mais a continuação da corrente do fluido perispiritual. (A Gênese. A.K. Cap. XIV, item 29. FEB. R.J. 1944).

Mas, como acontece nessas situações a perda da sensibilidade?

Vejamos, o pensamento é o condutor das energias que envolvem o mundo material e espiritual, associado sempre à vontade, que concretizam o direcionamento desejado. É nessa concentração, nessa grande vontade, que o fluido espiritual se afasta do corpo material denso, alojando-se mais no corpo espiritual que força o desprendimento do Espírito, quando então, pode ocorrer a insensibilidade.

Exemplo tradicional é o caso de Lázaro e aqui no Brasil o caso do famoso ator de novelas, Sérgio Cardoso, que possui registro nos anais da Medicina. Na verdade, não existe a “ressurreição” no sentido que a Igreja prega erroneamente, ou seja, a volta à vida de um cadáver, pois no caso de Lázaro, Jesus deixou expressamente registrado: “ele dorme”(João 11:11)), ficando fortalecido a máxima: “o pior cego é aquele que não quer ver”. Aí é que entra as palavras de Paulo, o Apóstolo: "aos homens está ordenado morrerem uma só vez e, depois disto, o juízo" (Hebreus 9:27), pois, não existe um só caso comprovado pela ciência que a pessoa morreu com seu corpo físico e depois retornou com o mesmo corpo. A Igreja tenta, sem qualquer êxito para os esclarecidos, impor essa máxima de Paulo nos casos de “reencarnação”, que nada tem com esses fatos, pois, a palavra é bem clara “re + encarnar”, isto é, o Espírito é que volta do mundo espiritual e faz uso de um novo corpo físico, com outra aparência, derivada da genética dos pais.

Aqueles que sofreram a morte aparente e, tiveram como consequência, o seu sepultamento com vida, em novas existências, trazem em si a fobia denominada por Tafofobia, que retrata a pessoa que possuí o medo doentio de ser sepultada viva, devido à experiência dolorosa e dramática por que passou. Esta síndrome também pode estar associada, fora o caso anterior, a ações delituosas de ter levado alguém a ser enterrado vivo. Neste último caso, pode ou não, sofrer a mesma ação, dependendo do caminho que tomar nesta reencarnação. (estudos, conduta, caridade, perdão, etc).

João Demétrio Loricchio

 

Vamos ver o que  traz o Livro dos Espíritos sobre esse assunto: 

422 – Os letárgicos e os catalépticos geralmente veem e ouvem o que se passa ao redor deles, mas não podem manifestar-se; é pelos olhos e ouvidos do corpo que isto acontece?

R: Não, é pelo Espírito que está consciente, mas impossibilitado de comunicar-se.

422ª –  Por que não pode comunicar-se?

R: Porque a isso se opõe o estado do corpo. Esse estado específico dos órgãos dá-lhes a prova de que há no homem outra coisa além do corpo, que neste caso, não se manifesta: não obstante, o Espírito continua a agir.

423 – Na Letargia, o Espírito pode separar-se totalmente do corpo, de forma a dar-lhe todas as aparências da morte, e voltar em seguida?

R: Na Letargia, o corpo não está morto, visto que as funções orgânicas continuam a processar-se; a vitalidade permanece em estado latente, como na crisálida, e não se extingue. Ora, o Espírito está unido ao corpo enquanto ele viver; uma vez os laços rompidos pela morte real e pela desagregação dos órgãos, a separação será completa e o Espírito não volta mais. Quando um homem aparentemente morta volta à vida, é porque a morte não foi consumada.


VEJA VÍDEO MONTAGEM COM TRECHOS DO AUDIOBOOK ( LIVRO FALADO ) O LIVRO DOS ESPÍRITOS, NARRADO POR CARLOS VEREZA E SUA FILHA LARISSA VEREZA

QUESTÕES 422 A 424








Programa Vida além da Vida postado no dia 13 julho 2011

Tema: Letargia, Catalepsia e Morte Aparente-Parte 1/2 








Programa Vida além da Vida postado no dia 13 julho 2011


Tema: Letargia, Catalepsia e Morte Aparente-Parte 2/2










sexta-feira, 26 de maio de 2017

TRANSMISSÃO OCULTA DO PENSAMENTO


TRANSMISSÃO OCULTA DO PENSAMENTO
  Há entre os Espíritos afins, uma comunicação de pensamentos que faz com que duas pessoas, ao se verem, se compreendam, sem ter necessidade dos sinais exteriores da linguagem. Pode-se dizer que falam a linguagem dos Espíritos.


Na questão 419, Kardec questiona os benfeitores espirituais:

         Qual a razão por que uma mesma ideia, uma descoberta, por exemplo, ocorre simultaneamente para várias e diferentes pessoas?


         “ Já dissemos que durante o sono os Espíritos comunicam-se mutuamente. Pois bem, quando o corpo desperta, o Espírito se recorda do que aprendeu e o homem acredita ter inventado. Assim, muitos podem descobrir simultaneamente a mesma coisa. Quando dizem que uma ideia está no ar, é uma figura muito mais exata do que se acredita; cada um contribui para propagá-la sem dar-se conta”

TELEPATIA: UM PAPO CABEÇA

Por Marlene Jaggi 

A ciência não está convencida de que as pessoas sejam capazes de transmitir seus pensamentos ou de se comunicar a distância e extra-sensorialmente. Mas histórias intrigantes é que não faltam e vamos conhecer um pouco dessas histórias: 
Quantas vezes você pensou em alguém e, no momento seguinte, atendeu um telefonema dessa pessoa? Ou recebeu a visita de um familiar querido e distante, depois de desejar notícias dele? Com a mineira Iraci de Jesus, fenômenos desse tipo não são novidade. Há algum tempo, ela atendeu a porta e deu de cara com o irmão que, numa passagem relâmpago por São Paulo, resolveu deixar-lhe um cheque. Algumas horas antes, preocupada em fazer um pagamento, Iraci tinha pensado nele como única alternativa para conseguir o dinheiro. Desejara demais dizer isso a ele, mas não se sentira à vontade para fazer o pedido.
 A terapeuta corporal Sandra Fainbaum também tem uma coleção de casos semelhantes. Um deles: anos atrás, não resistiu à sensação de estar sendo chamada pelo marido. Preocupada, saiu de casa e começou a andar pela calçada, atenta aos carros que passavam. Já estava na terceira quadra quando avistou o carro dele, parando no meio da rua. Sandra percebeu que o marido desmaiara sobre o volante e conseguiu socorrê-lo rapidamente.
"...Telepatia é o termo usado para se referir à aquisição de informações por outros meios que não os sentidos físicos conhecidos. A resistência em procurar entender tais acontecimentos ou acreditar neles é grande, mas fácil de ser compreendida. “Entrar em contato com os pensamentos, sentimentos e idéias de outras pessoas de maneira aparentemente direta, mente–mente, sem necessidade que tais informações passem pelos sentidos, é considerado algo fora do normal, por se tratar de um tipo de interação diferente da forma prevista pela ciência”, diz Wellington Zangari, coordenador do Inter Psi (Grupo de Estudos de Semiótica, Interconectividade e Consciência), da PUC de São Paulo." 
A Doutrina Espírita, vem esclarecer-nos essas experiências e podemos perceber que a ciência está cada vez mais perto de explicar aquilo que os benfeitores espirituais já haviam dito a Kardec, nós estamos interconectados.
No livro Mentes Interconectadas e a Lei de Atração de autoria da Suely Caldas Schubert, ela destaca no capítulo 13 sobre Telepatia: conexão com outra mente na página 158 uma pesquisa do Dr. Dean, RADIN, no seu livro Mentes Interligada: Evidências científicas da telepatia, da clarividência e de outros fenômenos psíquicos, e nós destacamos aqui:
Dr. Radin registra também as pesquisas e conclusões do renomado psicólogo William James, da Universidade de Harvard, que se dedicava há mais de 20 anos aos estudos dos fatos psíquicos, tendo, portanto, uma visão bastante avançada acerca da telepatia. 
William James, em 1909, escreveu:
Há 25 anos tenho estado em contato com a literatura sobre as pesquisas psíquicas e conheço pessoalmente numerosos "pesquisadores” Também gastei um número considerável de horas <...> testemunhando (ou tentando testemunhar) esses fenômenos.
Continuando em sua explanação acerca desses fenômenos, o Dr. Radin cita que, quase um século depois das observações de William James e após um quarto de século de estudos intensivos, dois pesquisadores da Universidade de Princeton, Robert Janh e Brenda Dunne apresentaram uma conclusão semelhante à de William James: No fim do dia, somos confrontados com um arquivo de dados irregulares e irracionais, porém incontestáveis, que testifica quase diabolicamente a nossa permanente falta de compreensão da natureza básica desses fenômenos.
A propósito, ele ressalta a ideia do filósofo francês e laureado Nobel, Henri Bérgson, em maio de 1913, assim se expressou:
“Se a telepatia for um fato real, é possível que esteja operando a cada momento e em toda parte, mas com intensidade fraca demais para ser percebida, ou então, que esteja operando na presença de obstáculos que lhe neutralizam os efeitos no mesmo instante em que se manifesta... milhões de seres humanos viveram durante milhares de anos sem suspeitar da existência da eletricidade, pode ser a mesma coisa em referência a telepatia.”
E por fim, encerrando esse comentário, no livro do Dr. Dean Radin ele finaliza dizendo:
Minha percepção sobre esse impasse é que a psi ainda é um fenômeno à frente de seu tempo e que a ciência o está alcançando de forma muito lenta <...>. Em algum momento, no futuro, evoluirá uma nova disciplina para estuda-la. Dentro dessa disciplina surgirão modelos que fornecerão explicações cada vez mais plausíveis para as experiências psíquicas. 

Vamos aguardar a nossa ciência evoluir e trazer novas conclusões sobre esse assunto, enquanto isso vamos estudando a Doutrina Espírita e Kardec.


VEJA VÍDEO MONTAGEM COM TRECHOS DO AUDIOBOOK ( LIVRO FALADO ) O LIVRO DOS ESPÍRITOS, NARRADO POR CARLOS VEREZA E SUA FILHA LARISSA VEREZA
QUESTÕES 419 A 421

                                           


sábado, 2 de maio de 2015

VISITA ESPÍRITAS ENTRE PESSOAS VIVAS

Emancipação da alma


            Dezessete de maio de 1953, entre 13h e 14h, em frente ao Cassino lnterlaken, Suíça. Joaquim da Silva Gomes, juntamente com sua esposa, Maria Estela Barbosa Gomes, deixavam-se fotografar pela filha Terezinha.
          Dias depois, chegando em Portugal, revelaram o filme e esta foto os surpreendeu profundamente: ao lado do casal, com toda nitidez, aparecia o Dr. Otávio Bandeira de Lima Coutinho, grande amigo da família, que deveria estar em sua residência, no Recife!Na suposição de que o amigo tivesse desencarnado, Joaquim enviou a foto a uma das filhas do Dr.Otávio. Este de pronto remeteu uma carta bem humorada ao amigo, identificando-se na foto e reconhecendo inclusive o terno, a gravata e o alfinete como seus, pois estavam bem visíveis. Esclareceu que, na data e no horário em que foi batida a foto, adormecera numa cadeira de balanço na varanda de sua residência. Disse não se recordar de nada que se relacionasse com a foto, a não ser que pensara muito nos amigos distantes antes de adormecer.
            Este é um caso típico de desdobramento ou bilocação (projeção astral), narrado pelo Anuário Espírita 1983. É o fenômeno pelo qual o espírito de pessoa mediunizada, ou em estado de sonolência ou mesmo de sono, transporta-se de um lugar para outro com aparência de realidade ou com tangibilidade real. Desdobrado do corpo, o espírito sente-se liberto Segundo Kardec, o espírito aproveita-se com satisfação da oportunidade de escapar da prisão corporal sempre que pode.
        É um dos mais curiosos e ricos fenômenos anímicos, em que o ser se move livremente, pensa melhor, decide com maior conhecimento, mantém intenso intercâmbio com encarnados e desencarnados, segundo seus interesses e afinidades.
           É frequente ocorrer com todas as pessoas, porém nem todas conseguem se lembrar, após o regresso ao corpo físico, do que fizeram durante o tempo em que estiveram parcialmente libertadas deste. Geralmente atribuem tudo a um sonho comum, ou seja, aquele resultante de suas disposições físicas ou psicológicas.
           Diz Hermínio Miranda que é nesse estado que o espírito consegue entrar na posse de algumas de suas faculdades superiores, pelo acesso aos arquivos da sua memória integral. Daí lembrar-se de encarnações passadas e até mesmo, em situações especiais, afastar a densa cortina que encobre o futuro.
        Por sua vez,  Martins Peralva, ao analisar as situações em que pode ocorrer essa libertação espiritual, chama a atenção para a existência, nos trabalhos mediúnicos, do chamado médium de desdobramento, ou seja, aquele cujo espírito tem a propriedade ou faculdade de desprender-se do corpo, geralmente em reuniões.
            Desprende-se e excursiona por vários lugares na Terra ou no Espaço, a fim de colaborar nos serviços, consolando ou curando.
            No caso de um médium de desdobramento desejar aprimorar a sua faculdade e aumentar os seus recursos, diz o autor que há condições de ordem moral das quais não pode prescindir: vida pura, aspirações elevadas, potência mental, cultivo da prece e exercício constante. A respeito desse tipo de médium, diz André Luiz: considerável número de pessoas, principalmente as que se adestram para esse fim (desdobramento), efetuam incursões nos planos do espírito, transformando-se, muitas vezes, em preciosos instrumentos dos benfeitores da espiritualidade, como oficiais de ligação entre a esfera física e a esfera extrafisica.
          Um depoimento de Hermínio Miranda confirma exatamente essa atividade mediúnica. Diz o autor, referindo-se a uma personagem do seu livro Diversidade dos Carismas; É comum observar-se em Regina o trabalho mediúnico específico e bem caracterizado em desdobramento.
            Em várias oportunidades, em vez de o espírito manifestante ser trazido ao grupo, ela é que vai ao encontro dele, o que dá conhecimento antecipado ao dirigente dos trabalhos. Desprende-se e é levada pelos amigos espirituais;
            Segundo desdobramento as pesquisas revelam que não se trata de um fenômeno restrito aos seres que ainda estão na carne.
         Experiências realizadas por Albert de Rochas informam que poderá ocorrer um segundo desdobramento, a partir do perispírito já desdobrado do corpo físico, quando se separa daquele a essência espiritual.
            Este fenômeno é ratificado por André Luiz em Nosso Lar, quando o autor desencarnado visitou, conscientemente, o espírito de sua mãe, habitante de plano superior ao seu, após desdobrar-se de seu corpo perispiritual que ficara em repouso numa das unidades da instituição à qual fora escolhido.
           

Artigo publicado na Revista Cristã de Espiritismo, 02/11/2010
 Enviado por René Artur de Barros Monteiro




 No Livro dos Espíritos Kardec indaga aos benfeitores espirituais na questão 414:
        Duas pessoas que se conhecem podem visitar-se durante o sono?
“ Sim, e muitas outras que acreditam não se conhecerem, se encontram para conversar. Pode-se ter um amigo em outro país, sem que se tenha consciência disso. O fato de haver visitas durante o sono, entre amigos, parentes, conhecidos, pessoas que lhes podem ser úteis, é tão frequentes, que pode mesmo acontecer quase todas a noites.”

Diante desta resposta, poderemos pensar, então poderei ver quem eu gosto, poderei ver aquele parente distante, posso desta forma pedir antes de dormir para ir ao país que eu desejo conhecer, certo? Não é bem assim que ocorre...


Veja a questão 416:

O homem pode provocar as visitas espíritas por sua vontade? Pode, por exemplo, dizer ao adormecer: “ Esta noite, eu vou me encontrar em Espírito com tal pessoa, falar-lhe e dizer-lhe tal coisa?

“ Eis o que se passa: quando o homem dorme, seu Espírito desperta e o que ele resolveu, o Espírito está, muitas vezes, bem longe de seguir, porque a vida de relação do homem interessa pouco ao Espírito, quando está liberto da matéria. Isto acontece com os homens já muito elevados; com os outros, sua existência espiritual passa de modo totalmente diverso. Entregam-se às paixões ou permanecem em inatividade. Pode ocorrer, portanto, que, segundo o motivo a que se propôs, o Espírito vá visitar as pessoas que deseja; todavia, o fato de o haver desejado quando no estado de vigília, não é razão para que o faça. ”

Portanto, nós quando estamos em estado de vigília, ou seja, acordados, temos muitos anseios, desejos, porém estão relacionados as questões da matéria, do nosso dia a dia, sem interesses mais espirituais e profundos para o nosso crescimento como seres em evolução, no entanto, quando estamos libertos do nosso corpo, em desdobramento, nossas aspirações são outras, nosso Espírito tem uma consciência maior da nossa verdade mais profunda, buscando com isso nestas oportunidades, o estudo, acompanhar benfeitores espirituais em situação de ajuda e aconselhamento, enfim, atividades úteis ao aprendizado e crescimento espiritual. Claro que muitos, infelizmente por despreparo espiritual e ainda muito apegados as questões da matéria não vivem essas experiências, se entregam a experiencias ligadas as paixões e não aproveita o sono como fonte de renovação espiritual, mas quanto mais nós estudamos, fazemos prece antes de dormir, enfim, procuramos nos libertarmos das armadilhas da matéria, mas teremos consciência e viveremos essas experiencias.

Fonte : O Livro dos Espíritos - Cap. VIII - Emancipação da alma

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QUESTÕES 413 A 418





A BENEFICÊNCIA - Cap. XIII - Evangelho Segundo o Espiritismo

ADOLFO

Bispo de Alger, Bordeaux, 1861

11 – A beneficência, meus amigos, vos dará neste mundo os gozos mais puros e mais doces, as alegrias do coração, que não são perturbadas nem pelos remorsos, nem pela indiferença. Oh!, pudésseis compreender tudo o que encerra de grande e de agradável a generosidade das belas almas, esse sentimento que faz que se olhe aos outros com o mesmo olhar voltado para si mesmo, e que se desvista com alegria para vesti a um irmão! Pudésseis, meus amigos, ter apenas a doce preocupação de fazer aos outros felizes! Quais as festas mundanas que se pode comparar a essas festas jubilosas, quando, representantes da Divindade, levais a alegria a essas pobres famílias, que da vida só conhecem as vicissitudes e as amarguras; quando vedes esses rostos macilentos brilharem subitamente de esperança, desprovidos de pão, esses infelizes e seus filhos, ignorando que viver é sofrer, gritavam, choravam e repetiam estas palavras, que, como finos punhais, penetravam o coração materno: “Tenho fome!” Oh!, compreendei quanto são deliciosas as impressões daquele que vê renascer a alegria onde, momentos antes, só havia desespero! Compreendei quais são as vossas obrigações para com os vossos irmãos! Ide, ide ao encontro do infortúnio, ao socorro das misérias ocultas, sobretudo, que são as mais dolorosas. Ide, meus bem-amados, e lembrai-vos destas palavras do Salvador: “Quando vestirdes a um destes pequeninos, pensai que é a mim que o fazeis!”

            Caridade! Palavra sublime, que resume todas as virtudes, és tu que deves conduzir os povos à felicidade. Ao praticar-te, eles estarão semeando infinitas alegrias para o próprio futuro, e durante o seu exílio na Terra, serás para eles a consolação, o antegozo das alegrias que mais tarde desfrutarão, quando todos reunidos se abraçarem, no seio do Deus de amor. Foste tu, virtude divina, que me proporcionaste os únicos momentos de felicidade que gozei na Terra. Possam os meus irmãos encarnados crer na voz do amigo que lhes fala e lhes diz: É na caridade que deveis procurar a paz do coração, o contentamento da alma, o remédio para as aflições da vida. Oh!, quando estiverdes a ponto de acusar a Deus, lançai um olhar para baixo, e vereis quantas misérias a aliviar, quantas pobres crianças sem família; quantos velhos sem uma só mão amiga para os socorrer e fechar-lhes os olhos na hora da morte! Quanto bem a fazer! Oh!, não reclameis, antes agradecei a Deus, e prodigalizai a mancheias a vossa simpatia, o vosso amor, o vosso dinheiro, a todos os que, deserdados dos bens deste mundo, definham no sofrimento e na solidão. Colhereis neste mundo alegrias bem suaves, e mais tarde… somente Deus o sabe!

Vídeo:  A Beneficência - Item 15 do O Evangelho Segundo Espiritismo