A matéria não é mais que o envoltório
do Espírito, como a roupa é o envoltório do corpo. O Espírito, ao unir-se ao
corpo, conserva os atributos da natureza espiritual (LE, perg. 367). Contudo,
se por um lado o exercício das faculdades depende dos órgãos que lhe servem de
instrumentos, por outro lado, essas faculdades são enfraquecidas pela densidade
da matéria, qual um vidro opaco que limita a irradiação da luz.
Os órgãos os instrumentos da
manifestação das faculdades da alma. Essa manifestação está subordinada ao
desenvolvimento e ao grau de perfeição dos respectivos órgãos, como a
excelência de um trabalho à excelência da ferramenta. (LE, perg. 369). Deste
modo, para o Espírito encarnado torna-se um dever zelar pela boa preservação do
corpo físico, mantendo-o a salvo de vícios ou excessos de qualquer natureza que
possam restringir a liberdade de expressão do Espírito.
Por outro lado, importa considerar que não há
necessariamente uma relação entre o desenvolvimento dos órgãos cerebrais e o
das faculdades morais e intelectuais, pois não são os órgãos que lhe dão as
faculdades, mas as faculdades que impulsionam o desenvolvimento dos órgãos (LE,
perg. 370). Se as faculdades tivessem os seus princípios nos órgãos, o homem
seria uma máquina, sem livre-arbítrio e sem a responsabilidade dos seus atos
(LE, perg. 370a).
Efetivamente, a diversidade de aptidões
entre os homens decorre das qualidades do Espírito; é assim que os gênios,
sábios e artistas não o são porque o acaso lhes deu órgãos especiais, mas
devido às conquistas do Espírito. Não se pode, porém, deixar de levar em conta
a influência do organismo que pode entravar mais ou menos o exercício das
faculdades do Espírito.
Fonte: Curso Básico de Espiritismo - 1º ano - FEESP - Federação Espírita do Estado de São Paulo
Imagem e Vídeo : Internet
VEJA VÍDEO MONTAGEM COM TRECHOS DO AUDIOBOOK ( LIVRO FALADO ) O LIVRO DOS ESPÍRITOS, NARRADO POR CARLOS VEREZA E SUA FILHA LARISSA VEREZA
QUESTÕES 367 A 370A
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