Frequentemente ocorre ser o Espírito
que anima o corpo de uma criança, tão desenvolvido, ou mais ainda, do que o de
um adulto, conforme o seu progresso anterior. Enquanto criança, o órgão da
inteligência estando ainda em desenvolvimento, não lhe põe à disposição todas
as faculdades de um adulto a sua inteligência permanecerá limitada, até que a
idade amadureça e ele domine totalmente o novo organismo.
A perturbação que acompanha a
encarnação não cessa de súbito com o nascimento e só se dissipa com o
desenvolvimento dos órgãos.(LE, perg. 380). Segundo Emmanuel no livro "O
Consolador", o Espírito no período infantil, até os sete anos, ainda se
encontra em fase de adaptação à nova existência. Nessa idade, ainda não existe
uma integração perfeita entre ele e a matéria orgânica. Suas recordações do
plano espiritual são mais vivas, tornando-se mais susceptível de renovar o
caráter e estabelecer novo caminho na consolidação dos princípios de
responsabilidade, se encontrar nos pais legítimos representantes do colégio
familiar.
Eis por que o lar é tão importante para
a edificação do homem e por que tão profunda é a missão dos pais perante as
leis divinas, pois é aí que a criança deve receber as bases do sentimento e do
caráter. O estado infantil é uma necessidade do Espírito e corresponde aos
desígnios da Providência, pois é um tempo de repouso para o Espírito (LE, perg.
382). O objetivo da encarnação é o aperfeiçoamento do Espírito e o estado de
infância torna-o acessível às impressões que recebe; sua nova fase de vida vai
fundamentar-se nos novos registros inseridos a partir de então.
Daí os novos rumos limitados e
dependentes deles e o aumento da probabilidade de sucesso na nova vida. As
sábias leis divinas colocam-no em um meio onde ele só haure o que é útil, o que
convém, junto daqueles que estão incumbidos de educá-lo e talvez capacitados a
lhe auxiliar o adiantamento. Aos pais e professores cumpre ponderar seriamente
sobre este aspecto, pois o Espiritismo abre um novo capítulo na Psicologia Infantil
e na Pedagogia, mostrando a importância da educação da criança, não apenas para
a vida em curso, mas também para a sua perene e definitiva evolução espiritual.
Os estabelecimentos de ensino propiciam
instruções, mas somente a família consegue educar; a universidade forma o
cidadão, mas somente o lar edifica o Espírito. O primeiro sinal de vida da
criança é expresso pelo choro para excitar o interesse da mãe e provocar os
cuidados necessários (LE, perg. 348). Se a sua manifestação fosse em hosanas de
alegria, as reações seriam tão diferentes que poucos se inquietariam com as
suas necessidades. Em tudo erige-se a sabedoria divina.
A mudança que se opera no caráter das
criaturas ao atingirem certa idade, particularmente a partir da adolescência,
deve-se ao fato de o Espírito retomar paulatinamente a sua natureza e
mostrar-se qual era em encarnação anterior. O que o Espírito foi, é ou será,
permanece oculto na inocência da criança. Isso permite que, no caso de
Espíritos antagônicos, receba todas as manifestações de carinho e amor
essenciais para que se lhe conceda a oportunidade adicional de redimir-se.
Assim não procederiam os pais, se ao invés da criança cheia de graça e
ingenuidade, se encontrassem sob os traços infantis um Espírito adulto,
mostrando o seu verdadeiro caráter e instinto.
A infância tem ainda outra utilidade:
os Espíritos não ingressam na vida corpórea senão para se aperfeiçoarem, para
se melhorarem; a debilidade dos primeiros anos os torna flexíveis, acessíveis
aos conselhos da experiência e daqueles que devem fazê-los progredir. É então
que se pode reformar o seu caráter e reprimir as suas más tendências.
Esse é o dever que Deus confiou aos
pais, missão sagrada pela qual terão que responder. É assim que a infância não
é somente útil, necessária, indispensável, mas ainda a consequência natural das
leis que Deus estabeleceu e que regem o Universo (LE, perg. 385).
Fonte: Curso Básico de Espiritismo - 1º ano - FEESP - Federação Espírita do Estado de São Paulo
Imagem e Vídeo : Internet
VEJA VÍDEO MONTAGEM COM TRECHOS DO AUDIOBOOK ( LIVRO FALADO ) O LIVRO DOS ESPÍRITOS, NARRADO POR CARLOS VEREZA E SUA FILHA LARISSA VEREZA
QUESTÕES 379 A 385
DEIXAI VIR A MIM OS PEQUENINOS
Então lhe apresentaram uns meninos para
que os tocasse; mas os discípulos ameaçavam os que lho apresentavam. O que,
vendo Jesus, levou-o muito a mal, e disse-lhes: "Deixai vir a mim os
pequeninos e não os embareceis, porque o Reino de Deus é daqueles que se lhes
assemelham. Em verdade vos digo que todo aquele que não receber o Reino de Deus
como uma criança, não entrará nele." E abraçando-os, e pondos as mãos
sobre eles, os abençoava (Marcos, 10:13-16)
Jesus tomou a infância como símbolo da pureza e da simplicidade; portanto, não havia em suas palavras a intenção de dizer que o Reino de Deus é apenas para as crianças, mas sim para todos aqueles que se lhes assemelham. Não poderia ser de outro modo, pois que o Espírito ao reencarnar traz consigo não só as qualidades conquistadas em vidas passadas, como também as imperfeições e as más tendências. A criança, no entanto, é sempre um exemplo vivo de pureza, e não foi outro o objetivo de Jesus ao tomá-la como paradigma para deixar à humanidade mais um ensinamento: somente os simples e humildes terão aceso aos planos mais sublimados da Espiritualidade, ou seja, o Reino de Deus.
A criança necessita de cuidados especiais, de carinho e desvelo maternos, cuja ternura aumenta ainda mais diante da fragilidade na infância. A criança representa para a mãe deixaria de ter essa atenção e abnegação, se nela se revelassem nítidas manifestações do que foi em em vida anterior. Tal quadro se agravaria ainda mais, se a mãe se conhecesse seus antecedentes, pois, em muitos casos, pais e filhos são Espíritos antagônicos de vidas passadas.
O Espírito quando reencarna, entra num estado de perturbação e, paulatinamente, perde a consciência de si mesmo, esquecendo suas vidas passadas. Durante algum tempo ele permanece numa espécie de sono, conservando, no entanto, todas as suas faculdades em estado latente. Esse estágio transitório é necessário para que o Espírito tenha um novo ponto de partida, esquecendo tudo aquilo que possa representar obstáculo na nova existência corporal. Mas não deixa de sofrer uma reação do pretérito, conservando uma vaga intuição de toda a experiência adquirida. Após o nascimento, suas idéias retomam gradativamente o seu desenvolvimento, acompanhando o crescimento do corpo.
No período inicial da nova encarnação, o Espírito age realmente como criança, pois as idéias que marcarão seu caráter estão adormecidas. Por isto a criança é mais dócil nesta fase, tornando-se mais acessível às impressões que podem modificar sua condição evolutiva. Jesus tomou como exemplo de pureza e simplicidade a condição infantil, ao dizer venha a mim os pequeninos, não apenas nesta passagem evangélica, mas em muitas outras, conforme o relato do Evangelho de Mateus:
-Graças te dou, ó Pai, Senhor do Céu e da Terra, que ocultaste estas coisas aos sábios e entendidos, e as revelaste aos pequeninos (Mateus, 11:25).
-Assim também não é da vontade do Pai que estás nos Céus, que um destes pequeninos se perca (Mateus, 18:14).
-Em verdade vos digo que, quando a um destes pequeninos não o fizestes, não o fizestes a mim (Mateus, 25:45).
Jesus cercou-se sempre de criaturas simples e humildes, pois sabia que somente estes estavam aptos a assimilar suas palavras e seguir seus ensinamentos. A sua mensagem imorredoura era essencialmente endereçada aos brandos, aos pacíficos, aos humildes, aos sofredores de todos os matizes, aos pequeninos entre os homens; por isso ele exultou-se quando viu que os pequeninos e não os sábios e entendidos assimilaram a revelação do Reino de Deus.
Desse modo, Jesus usou esta imagem da criança para ilustrar a bem-aventurança dos puros de coração. A simplicidade e a humildade são inerentes à pureza de espírito, excluindo qualquer laivo de egoísmo e de orgulho.
Jesus tomou a infância como símbolo da pureza e da simplicidade; portanto, não havia em suas palavras a intenção de dizer que o Reino de Deus é apenas para as crianças, mas sim para todos aqueles que se lhes assemelham. Não poderia ser de outro modo, pois que o Espírito ao reencarnar traz consigo não só as qualidades conquistadas em vidas passadas, como também as imperfeições e as más tendências. A criança, no entanto, é sempre um exemplo vivo de pureza, e não foi outro o objetivo de Jesus ao tomá-la como paradigma para deixar à humanidade mais um ensinamento: somente os simples e humildes terão aceso aos planos mais sublimados da Espiritualidade, ou seja, o Reino de Deus.
A criança necessita de cuidados especiais, de carinho e desvelo maternos, cuja ternura aumenta ainda mais diante da fragilidade na infância. A criança representa para a mãe deixaria de ter essa atenção e abnegação, se nela se revelassem nítidas manifestações do que foi em em vida anterior. Tal quadro se agravaria ainda mais, se a mãe se conhecesse seus antecedentes, pois, em muitos casos, pais e filhos são Espíritos antagônicos de vidas passadas.
O Espírito quando reencarna, entra num estado de perturbação e, paulatinamente, perde a consciência de si mesmo, esquecendo suas vidas passadas. Durante algum tempo ele permanece numa espécie de sono, conservando, no entanto, todas as suas faculdades em estado latente. Esse estágio transitório é necessário para que o Espírito tenha um novo ponto de partida, esquecendo tudo aquilo que possa representar obstáculo na nova existência corporal. Mas não deixa de sofrer uma reação do pretérito, conservando uma vaga intuição de toda a experiência adquirida. Após o nascimento, suas idéias retomam gradativamente o seu desenvolvimento, acompanhando o crescimento do corpo.
No período inicial da nova encarnação, o Espírito age realmente como criança, pois as idéias que marcarão seu caráter estão adormecidas. Por isto a criança é mais dócil nesta fase, tornando-se mais acessível às impressões que podem modificar sua condição evolutiva. Jesus tomou como exemplo de pureza e simplicidade a condição infantil, ao dizer venha a mim os pequeninos, não apenas nesta passagem evangélica, mas em muitas outras, conforme o relato do Evangelho de Mateus:
-Graças te dou, ó Pai, Senhor do Céu e da Terra, que ocultaste estas coisas aos sábios e entendidos, e as revelaste aos pequeninos (Mateus, 11:25).
-Assim também não é da vontade do Pai que estás nos Céus, que um destes pequeninos se perca (Mateus, 18:14).
-Em verdade vos digo que, quando a um destes pequeninos não o fizestes, não o fizestes a mim (Mateus, 25:45).
Jesus cercou-se sempre de criaturas simples e humildes, pois sabia que somente estes estavam aptos a assimilar suas palavras e seguir seus ensinamentos. A sua mensagem imorredoura era essencialmente endereçada aos brandos, aos pacíficos, aos humildes, aos sofredores de todos os matizes, aos pequeninos entre os homens; por isso ele exultou-se quando viu que os pequeninos e não os sábios e entendidos assimilaram a revelação do Reino de Deus.
Desse modo, Jesus usou esta imagem da criança para ilustrar a bem-aventurança dos puros de coração. A simplicidade e a humildade são inerentes à pureza de espírito, excluindo qualquer laivo de egoísmo e de orgulho.
Vídeo da Akiane uma menina muito especial
CRIANÇAS ÍNDIGO
Divaldo Pereira Franco fala sobre crianças índigo, vale a pena assistir a palestra.
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